Serei o sucinto ao falar do meu primeiro ABC e América que ficou marcado na memória. Sinto o desejo de querer, se pudesse, com mais idade, mais maturidade, acompanhar aquele jogo, seria maravilhoso. Mas o tempo passou, a idade chegou e pouco me lembro daquela tarde inesquecível.
Aquela tarde ficou marcada em minha memória. Só me lembro do nome de um jogador: Baíca. ABC e América jogavam um futebol vistoso na época e Baiquinha jogava muito. Como era delicioso ver aquele pequenininho de vermelho segurando a bola.
Recentemente chegado de Brasília, meu tio levou-me ao (antigo) Estádio Machadão. Até então não sabia para que time ele fosse torcer ou qual ele já torcia - era o ABC.
Um outro amigo dele, Arnaud Rodrigues, que nos acompanhou até lá, perguntou-me depois de um certo tempo de jogo: "para quem você está torcendo?" De prontidão respondi que era para o time daquele camisa dez que tinha chamado-me a atenção.
Ele querendo envenenar - de forma descontraída - a situação com o meu tio, logo me entregou: "olha Poti (meu tio), ele está torcendo para o América. Meu tio abriu o sorriso e continuou assistindo a partida. E eu agradeci por não ter levado uma bronca.
E isso faz alguns anos - creio ter sido em 89 para início do ano de 1990 - talvez tenha sido o último ano de Baíca no América, antes de ir jogar no velho continente, em Portugal mais precisamente.
Lembro-me de alguns detalhes daquele jogo como se fosse hoje. Quando pressionado, o América retraia-se e Baíca ficava sozinho, no centro do gramado, marcado por dois grandalhões. Cotovelada pra cá, pra lá e o baixinho permanecia firme, sem temer os golias ao seu lado.
Foi mais ou menos assim que tive a primeira experiência do confronto decisivo de amanhã. Embora hoje eu torça pelo futebol do Rio Grande do Norte, este foi o que minha memória preservou intacta até hoje.
E você, conte a sua história! Publicarei as melhores.
Envie para: tac_ogn@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário