Acabei de ler, no novo site do colega Ítalo Anderson, comentarista da TV União (CaboTV), que um dirigente influente no ABC, ao comentar sobre o provável aluguel do Maria Lamas Farache para o América, fez o seguinte questionamento?
"Onde está o dinheiro, quem irá pagar os 2 milhões de reais ao ABC?"
Para quem está voando, há um movimento tentando fazer com que o América venha a mandar os seus jogos no estádio Frasqueirão. E, consequentemente, a turma do contra, trabalha para que isso não ocorra. O alvinegro receberia uma boa quantia para que o pleito americano fosse atendido. Além de outras fontes de arrecadação...
Penso que alguns dirigentes de futebol do Brasil, não penas do RN, mas do país inteiro, são a causa, ou um dos principais problemas do não desenvolvimento da modalidade no país. Os clubes são adversários dentro e fora de campo. Há uma mistura do lado pessoal com o lado profissional da coisa.
Isso atinge até mesmo os torcedores, que chegam a agredirem-se, muitas vezes, influenciados pelos próprios dirigentes, que deveriam dar o exemplo. Mas ao contrário, os dirigentes sugerem isto com seus testemunhos: faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
O futebol deveria ser tratado com profissionalismo, todavia, continua mais amador do que nunca. Os dirigentes que poderiam mudar o atual quadro agem como se as agremiações fossem parte das suas famílias, o que não o são (ou não deveria ser).
A grande verdade é que o ABC sairia ganhando e muito caso viesse a alugar a sua casa de shows. Não lucraria apenas com o aluguel, mas com a exposição dos seus patrocinadores, dentre outras ações que o marketing poderia alcançar.
Além do mais, ficaria bem quisto na comunidade desportiva ao contribuir com o arqui-rival, que nem é tão rival assim. As pessoas querem fazer de ABC e América um Flamengo e Vasco, ou um Inter e Grêmio; o que não pode vir a ser, nem guardadas as devidas proporções.
América e ABC são dois clubes pequenos, com alguns feitos. Para o restante do Brasil, os grandes do Nordeste estão bem longe daqui. Separam como grandes ou médios o Bahia, o Sport, o Vitória, quem sabe até o Ceará. Se os citados clubes forem "médios", o que seriam ABC e América?
Contudo, e se a história dos potiguares fosse outra? Se houvesse união fora do campo, batalhas em que ambos estivessem juntos, como seria?
Infelizmente, os amadores dirigentes do futebol potiguar estão afundando ainda mais o que chamamos de futebol. Permanecer cada um por si é afundar a história deste Estado que poderia ser tão grande. Mas a política dos dirigentes é de deixá-lo parado no tempo.
Fui!
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