Não queria comentar sobre o empate do Flamengo com o Olímpia, do Paraguai, pela Libertadores da América. Mas não estou me aguentando.
Tem gente que será (ou já é contra o que vou falar), entretanto, esta é a minha visão da palhaçada ocorrida lá no Rio de Janeiro. Ora, Joel Natalino Santana foi sim o maior responsável pelo empate, na minha visão, não há dúvidas.
O time estava ganhando de 3 a 0, para que tirar um jogador de meio para colocar um atacante? (Neste caso, Tomáz por Negueba). Ora, o time já estava desfigurado - com vários desfalques - cheio de garotos da base (o que não é ruim ter garotos no time, mas mudanças radicais na Liba é quase um suicídio), e o Joel me comete uma infantilidade...
Ele devia fechar o time. R10 tava morto, Love também, Galhardo, nem se fala e outras peças do time como Boninelli já deviam ter saído da equipe na volta pro segundo tempo. Não entendi qual foi a do Joel.
Com as alterações feitas por ele neste jogo, ficou claro que ele não é treinador para Flamengo, Corinthians, São Paulo, dentre alguns poucos. Treinador não pode ser levado pela emoção, ele tem que agir com a razão.
Libertadores é assim, ela prega peças. Os times sulamericanos, embora economicamente mais fracos que os brasileiros, conseguem se superar na raça. Nunca entregam o jogo. Normalmente são bem entrosados, aplicados no esquema tático.
Não existe essa do "craque" escorar-se nos outros companheiros (como faz R10). Pelo contrário, o craque de lá chama a responsabilidade. A entrega é total. E normalmente, esses caras tem um bom preparo físico.
Por essas e por outras que o Joel tem pecado. O Fla não tem um padrão de jogo definido. Ganhava a partida pelo comprometimento. Quando a coisa ficou fácil eles esmoreceram, recuaram demais e muitos cansaram. Era a hora de reforçar o meio de campo.
Joel sempre jogou com três zagueiros e três volantes. Por que mudar a ‘filosofia’ quando já se ganha por uma "goleada"? E com um time desfigurado, cheio de garotos? Com jogadores que não marcam, tipo R10, Botinelli, Tomáz... Aí sim precisaria do Maldonado, do Ayton... daqueles caras que ninguém aguenta mais, todavia, que nesse momento seriam necessários.
Creio que o Fla conquista a classificação nesse grupo, que é fraco. Porém, nas oitavas, é bom que o Joel tenha aprendido com este erro (isto é, aja com sabedoria). Libertadores é diferente do estadual. Estadual, o Fla quando quer ganha chupando laranja. Só que esse ano é um ano diferenciado, a prioridade é a libertadores. Deixem o regional pro Botafogo, Vasco... esses times que estão lá trás no número de títulos. Vamos em busca da América!
Só que com Joel Natalino Santana vocês perceberam que não dá né? Então, que Deus nos ajude. Daqui pra lá será assim: na base do peso da camisa rubro-negra. Como diria o tricolor (Flor) Nelson Rodrigues:
“Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: - quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas, tremem, então, intimidados, acovardados, batidos. Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará à camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."
Fui!
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